Rio de Janeiro, 26 fev (EFE).- O lucro líquido do Banco do Brasil, a maior instituição financeira do país, foi de R$ 5,058 bilhões (US$ 2,975 bilhões) em 2007, valor 16,3% inferior ao de 2006.
O banco, em comunicado enviado hoje ao mercado financeiro, atribuiu a redução de seu lucro em 2007 a despesas extraordinárias com o antecipação de algumas aposentadorias e com a reestruturação do fundo de assistência aos empregados.
"A diferença entre os resultados obedeceu o impacto de efeitos extraordinários nos dois períodos. Em 2006 foram contabilizados R$ 2,4 bilhões (US$ 1,411 bilhões) em receita extraordinária", segundo a nota.
O ano passado, por outro lado, "como conseqüência do Programa de Aposentadorias Antecipadas e do plano de reestruturação da Cassi (fundo de assistência aos empregados), o resultado diminuiu em R$ 690 milhões (US$ 405,9 milhões) líquidos de impostos", acrescenta.
Segundo o banco, excluídos esses itens extraordinários, o lucro do ano passado chegariam a R$ 5,748 bilhões (US$ 3,381 bilhões) e seria em 56,8% superior ao de 2006, que teria ficado em apenas R$ 3,665 bilhões (US$ 2,155 bilhões).
O Banco do Brasil, o banco com maior volume de ativos do país e maior número de agências, próximo de completar os 200 anos, é controlado pelo Estado, mas tem ações negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo.
Apesar de seu tamanho, os dois maiores bancos privados do país, respectivamente segundo e terceiro na classificação por ativos, obtiveram lucro muito superiores no ano passado.
O Bradesco, maior banco privado, fechou 2007 com lucro líquido de R$ 8,010 bilhões (US$ 4,711,8 bilhões), valor 58,5% superior ao ganho de 2006, enquanto o lucro do Itaú, segundo maior banco privado, foi ainda maior ao expandir 96,66%: R$ 8,474 bilhões (US$ 4,984 bilhões) na mesma base de comparação.
Conforme balanço divulgado hoje, o BB terminou o ano passado com ativos de R$ 357,750 bilhões (US$ 210,441 bilhões), com um crescimento de 20,7% e que o confirmaram como o maior banco do país.
Seus depósitos em dezembro do ano passado somavam R$ 188,282 bilhões, apresentando crescimento de 18,5% na mesma base de comparação, e os recursos administrados de terceiros chegavam a R$ 220,135 bilhões, com uma expansão de 20,5%.
A carteira de crédito, por sua vez, totalizava R$ 160,739 bilhões (US$ 94,552 bilhões), valor 20,7% maior que a de 2006.
O banco também se manteve como líder na concessão de créditos no Brasil em 2007 com uma participação de 16% nas operações e um crescimento de 23,5%.
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